POEMAS ALUNOS JBC


PÁGINA DESTINADO AOS ALUNOS(AS)POETAS ,cronistas.contistas DO JBC



Sou ex-aluno do Terceirão 2010, mas ainda me considero sempre aluno deste conceituado projeto.
Eu olhando o blog reparei que tem um espaço para poemas de alunos. Eu adoraria que vocês postassem
esse poema, abaixo, que fiz, em homenagem e gratidão, para os professores do Terceirão...
Eu curso psicologia na ULBRA, recebi uma bolsa integral muito graças aos reverentes professores. E posso dizer que estou muito contente com meus estudos.
Sinto sempre muita vontade de expressar minha gratidão a todos os profissionais do João Bento da Costa, em especial aos professores,por isso fiz o poema com insipiração neles...é isso, obrigado...saudades

Os mestres do Terceirão me ensinaram

o mestre me ensinou o Português, a escrever e a ler pra eu fazer leitura desse mundo e fazer escritura pra humanidade

o mestre me ensinou a Matemática, a ser metódico e calculista em meus resultados, pra assim agir com mais serenidade

o mestre me ensinou Química, pra que eu saiba associar elementos, fatos, aprendizagems

o mestre me ensinou a Física, pra eu fazer o cálculo certo pra não cometer bobagens

o mestre me ensinou a Religião, brotando em mim mais esperança do que fé, até ilustrando sobre o amor

o mestre me ensinou o que é Ciência, suplantando a metafísica, agunçando o meu olhar, me ajudando a desbancar muito do meu temor

o mestre me ensinou a Biologia, pra eu ter um conheicmento mais apurado do planeta e da vida

o mestre me esninou a Educação Física, me orientando preparar o corpo, a mente, o espírito antes de tomar partida

o mestre me ensinou a Sociologia me cativando a cativar as pessoas, de forma a entender indivíduos aglomerados

o mestre me ensinou a Filosofia, me ensinou a duvidar, a questionar e a nunca me saciar pra que eu não seja mais um desses meros acomodados

o mestre me ensinou Artes, pra eu conseguir ver e fazer a profundidade e a verdade

o mestre me ensinou o que é Literatura, me sensibilizando a irresistível viagem da leitura, que é só pra quem tem coragem

o mestre me ensinou que saber Geografia é importrante pra se localizar a paz

o mestre me ensinou que História se ouve, se investiga e se faz

o mestre me ensinou, ou tentou me ensinar, outras línguas, me ensinou com certeza outra linguagem. A linguagem da cidadania, do bom senso, da compaixão

os mestres me ensinaram o valor da vida, da união, da revolução, da opnião, implicitando quão importante são os ensinamento de um TERCEIRÃO. 
                                                                                               

                                                                                                            Maicon Roger - ex-aluno JBC



crônica:

Eram um daqueles dias bonitos e nublados na Cidade de Porto Velho, mais precisamente na escola Professor João Bento da Costa. Os alunos íam chegando de pouco em pouco, todos trajando vestes de aspecto antigo e, em sua maioria, marrons.

Ouviu-se um guincho vindo de cima. Todos que estavam a céu aberto levantaram suas cabeças. De longe, quase não avistou-se o cavalo alado do professor Tadeu, que em sua brancura, mal se contrastava com o céu cinza daquela tarde.
Depois de alguns minutos descendo e descendo eles pousaram com suavidade na relva do pátio da escola. Professor Tadeu, um homem corpulento e ereto, desceu primeiro. Fez uma reverência e estendeu a mão à dama que viera com ele no cavalo. Professora Geane usava um longo e esvoaçante vestido cor de rosa. Ela segurou a mão firme de Tadeu e pulou na relva, com a graciosidade de uma fada. Antes de se separarem, ela disse:
- Não esqueça sua maçã, ó, querido! - E tirou uma maçã verde de dentro de sua bolsinha.
- Ó, meu amor! Obrigado. - Disse o professor Tadeu, pegando a fruta.
Os alunos olhavam e sorriam. Não aqueles sorrisos debochados. Apenas sorrisos simples; sorrisos de quem cuida da própria vida.
A tarde seguia seu curso, quando ouviu-se o sinal da escola para os alunos irem para suas salas: Um sino leve e angelical, agradável aos ouvidos.Lembro-me de entrar em minha sala e sentar em minha cadeira. Confesso: O vestido era meio incomôdo. Lembro-me também de olhar para frente e ver dois homens muito bem vestidos, de rostos finos e olhares imponentes, sentados em cadeiras maiores. Um segurando uma pequena lira, e o outro, um violino.
Não demorou para o Professor Tadeu entrar em sala, cumprimentar a todos nós e apresentar os dois músicos.
Os alunos conversavam então o professor deu o toque de que ía começar e todos ficaram em silêncio. Ele fez um sinal com a mão para os dois homens, limpou a garganta e começou (acreditem ou não!) a dar a aula de história em forma de trova.
Uma coisa realmente bonita de se ver.
Recostei-me em minha cadeira acolchoada (que agora parecia mais confortável) e pousei as mão sobre minha barriga.
Um música aguda e o susto. Levantei-me de um salto e olhei ao redor: Meu quarto. Minha cama. Tudo no mesmo lugar.
Fora apenas um sonho.
Tammy Morais 3 ano tarde t1(29/07/2011)
 
poemas


Como pode meu Deus
Alguém estar vivo e tão morto
Tão sem vida?
Ser tão cheio e tão vazio
Fusão de gelo e fogo
Causar felicidade e tristeza
Seu produto é o sofrimento
Quanto teria que escrever
Para descrevê-lo?
Ansiei tanto por tê-lo
E quando tive
Queria não ter tido
É natural.é homem
Só homem
Nada mais
(leidijane rolim da sillva)


Beijei uma água-viva
E ela me matou
Momentos antes
Senti uma dor certeira
Que me tomou por inteira
Um êxtase preencheu meu vazio
A sensação
De um choque longo e delirante
O efeito assemelhava-se a um alucinógeno
Era um prazer mortífero
Estava ciente do perigo
Mesmo assim quis arriscar
Pérfido encanto tinha
Atração tão incomum
Tão envolvente
Obscura
(...)
Quando percebi estava queimando
Ainda tentei afastar,desistir
Mas os ponteiros do sol já haviam passado
Preso em seus tentáculos meu corpo estava
(...)
Minha força se tornou volátil
Flutuava nas águas
Mergulhada no céu
Afundando
Caindo de leve
E lá estava o abismo
Todo de luz
Esperando por mim
Lânguda e queimada
Quando ali pousei
Senti risadas me rodeando
mefistófeles e seus irmãos
Zombavam de mim
Para melhor diversão
Com uma lança de astúcia
Atravessou meu coração
Enquanto os outros canibais
Devoravam minha essência aos montes
Meus orifícios faciais transbordavam sangue
Restando apenas a ossada
Lançadas na minha eterna cripta vaporosa
Tudo por causa da água-viva
Irresistível
Tão cheia de nada
Tão cheia de muitas
Por quem me apaixonara.
(leidijane rolim da silva)


Ópera agravante 



(Joice Brandão e Elizeu Braga)



Pseudo donzela:



Eu tenho que aprender a rezar

eu tenho que comprar um crucifixo

me banhar em água benta

me benzer em frente a catedral



Eu tenho que me cuidar

ou não poderei andar numa boa

nessa cidade tão cheia

de seres demoníacos



Entendeu?





Pseudo Troll:



Eu tenho que aprender arrancar

cabeças de meninas virgens

pegar gosto e por fogo pela venta

saborear carne de chacal



Talvez eu seja santo demais

digno de não habitar

essa cidade tão cheia

de seres demoníacos



Já entendi.



Se você ligar

talvez eu espere um pouco

pra minh'alma barganhar
 
(mais poesias de Joice - 3º ano no blog: http://joicebrandaoweb.blogspot.com/)
 
 
 
 
Lágrimas
(Breno Amutares - 2º ano)



Lágrimas no escuro,

lágrimas invisíveis,

lágrimas que não saem,
lágrimas presas,
em um mero recipiente obscuro!






Cadê você?
Meus olhos precisam te ver,
e você não está aqui.
Meus olhos cansados querem fechar,
mas tenho a esperança de ver você voltar!
É cada vez mais difícil chorar em silêncio,
sentir o peso do mundo é muito tenso,


mesmo me dizendo que eu não deveria estar chorando,
eu preciso muito dessas águas para mergulhar,
e ao mesmo tempo esperar minha alma lavar!

E os prantos continuam...

Infimamente,
os prantos eternos continuam...!


(mais poemas de Breno Amutares no Recanto das letras http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=43534)






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What moves you?
por Tammy Moraes

.O que movimenta você?
A luz, o calor, o sol?
A rua que te convida todo dia pra dar uma volta?
A família?
O trabalho, os compromissos?
A sua namorada?
Nada te movimenta?
Os planos futuros?
O que te faz levantar da cama todos os dias?



.Ninguém entende a dor de um poeta
por Tammy Moraes

.O dia se vai tão rápido quanto a noite.
Vejo sombras na grande janela.
Sombras de dia, sombras à noite.
Há rostos nas paredes. Rostos que me dizem o que já sei.
Olhos sem rosto.
Rostos com olhos em fogo.
Cubro-me com o lençol até a altura da testa.
O lençol com desenhos de flores me faz lembrar do que já tive e me faz pensar no que estou perdendo.
E o que estou ganhando?
É tão pequeno…
Apago momentaneamente os pensamentos, os rostos, os arrependimentos com a escuridão do sono.
Momentaneamente… E se…
“Morrer é fácil. Viver é que é difícil”.

Mais poesias de Tammy no blog:
http://tammymb.wordpress.com/



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