sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Recadastramento SEDUC foi prorrogado

Seduc prorroga prazo para recadastramento de servidores

Serão permitidas também alterações das informações que já foram lançadas, considerando que alguns servidores cometeram erro ao informar dados contratuais e pessoais.

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A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) estendeu o prazo até as 23h59 (horário local) da próxima quarta-feira (31) para o recadastramento dos servidores. O recadastro, que é feito no site: www.seduc.ro.gov.br/nte/recadastramento, é obrigatório para os efetivos, celetistas, comissionados e cedidos tanto para prestar serviços em outros órgãos quanto de outras esferas para prestar serviços na Seduc.

Serão permitidas também alterações das informações que já foram lançadas, considerando que alguns servidores cometeram erro ao informar dados contratuais e pessoais. Para tanto, basta acessar o formulário de recadastramento, clicar em “Editar Cadastrado para Alteração MODIFICAR”, que estará no fim da página. Os dados anteriormente gerados serão fornecidos na tela. O usuário poderá conferi-los e alterá-los, se necessário. Os servidores recém-contratados, que não possuem ainda o número de matrícula (que é um dos dados obrigatórios para o recadastramento) não precisam se recadastrar. A Seduc solicitará uma relação dos novos empossados à Secretaria de Administração (Sead) para evitar o bloqueio dos seus pagamentos. O mesmo se aplicará aos servidores que estão aguardando aposentadoria em casa.

Findado o recadastramento a equipe composta por membros do Núcleo de Apoio aos Municípios (NAM) e Gerência de Tecnologia da Informação (GTI), ambos da Seduc, se deslocará até as Representações de Ensino (REN’s) com a relação de servidores contendo os dados informados no formulário. A ida aos municípios tem o objetivo de checar as informações fornecidas e pegar o aval dos representantes de ensino quanto à veracidade dos dados lançados, especialmente no que tange ao local de lotação, cargo e função exercida e número de aulas.

Posteriormente, a Seduc publicará uma portaria designando três servidores por Representação de Ensino, sendo um deles o próprio representante, e dois técnicos. Entre outras atribuições, essa comissão terá login e senhas de acesso para lançar informações relativas à alteração de lotação, número de contratos, número de aulas e disciplinas ministradas.

Outras informações ou esclarecimentos podem ser obtidos através dos telefones 0800 647 5333 (GTI) e (69) 3216-5331 (NAM).

sábado, 20 de agosto de 2011

'O professor brasileiro não cumpre o currículo escolar'


* Do Blog Primeiras águas

Colegas professores,

Eis a entrevista com um dos grandes especialistas em Educação de Israel. Nela, o pesquisador emite opiniões sobre o problema educacional brasileiro, com muitas das quais concordo plenamente. Creio ser interessante uma reflexão sobre alguns aspectos defendidos na entrevista.  Caso concordem com o que disse Victor Levy, divulguem amplamente para seus colegas educadores brasileiros.

Brasil precisa cobrar e recompensar professor, diz economista israelense Victor Lavy defende os velhos métodos de ensino para melhorar qualidade. 'O professor brasileiro não cumpre o currículo escolar', avalia. (Paulo Guilherme Do G1, em São Paulo)

O sistema de educação do Brasil precisa melhorar muito para que o país possa ser considerado como exemplo de um ensino de qualidade. Esta é a avaliação do economista israelense Victor Lavy, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Estudioso dos mais variados métodos de ensino pelo mundo, Lavy considera que mais do que equipar as salas de aula com computadores e tablets, é preciso aprimorar o velho método de ensino do professor com os alunos.

Lavy veio ao Brasil participar de um seminário no Ibmec, no Rio, para falar sobre a economia da educação e suas implicações para as políticas educacionais. Ele já havia visitado o país em 2009, e viu poucas mudanças significativas nestes dois anos. “O Brasil ainda tem muito o que melhorar”, afirma Lavy. Em entrevista ao G1, por telefone, Lavy estabeleceu algumas medidas que o país deve buscar para ter um ensino de melhor qualidade.

Confiram:

G1 - O Brasil cresceu economicamente nos últimos anos, mas a qualidade do ensino não tem acompanhado este crescimento. O que é preciso mudar isso?

Lavy – Algumas medidas devem ser buscadas. Uma delas é valorizar o trabalho do professor, estabelecendo metas a serem alcançadas e as recompensando com premiação por bom desempenho. Pagar bons salários. Exigir que o currículo escolar seja cumprido à risca, com métodos que permita aferir se os estudantes estão realmente aprendendo o que lhe é ensinado. É importante também mostrar aos pais o valor da boa educação para os seus filhos, para assim insistir que eles continuem na escola.

De que maneira se deve avaliar que o estudante está aprendendo o que lhe é ensinado?

Uma possibilidade é fazer testes baseados no currículo da semana. Costuma funcionar muito bem em outros países, e é um caminho que pode dar certo no Brasil. É importante ter certeza de que o estudante está compreendo o que está sendo ensinado. Na minha opinião o velho estilo de dar aulas é efetivo. Repetir exercícios e buscar a memorização são práticas muito úteis.

O que o senhor acha do uso de computadores, tablets e outras tecnologias em sala de aula?

Não dá para esperar que o computador vá resolver o problema da educação. Eles são caros, precisam ser trocados a cada dois anos, podem ser roubados das escolas. Enfim, é um investimento importante, pode ser usado para pesquisas na internet, mas não é o que vai melhorar o aprendizado.

Muitas escolas de ensino médio centralizam suas ações no preparo dos alunos para exames de admissão nas universidades, os vestibulares. O que o senhor pensa disso?

É natural para o estudante se focar nestes exames. Se ele está aprendendo alguma coisa do currículo durante o ensino médio, vai ter uma educação boa. Mas não se pode só pensar no vestibular. É preciso expandir os horizontes do aluno. É preciso pensar no respeito às leis e na democracia.

Quais países podem servir de modelo de sistema de educação?

A Finlândia é um belo exemplo. O professor é muito bem remunerado por lá. Na Escandinávia, de forma geral, ser professor é um trabalho de honra, as pessoas se inspiram nos seus professores. Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan também apresentam bons resultados. Os estudantes passam muitas horas nas escolas nestes países porque há muita pressão para elas terem sucesso. E há disciplina. Eles entendem a importância de se ter esta educação. Minha filha foi fazer intercâmbio na Coreia do Sul. Lá os alunos ficam das 8h30 às 23h na escola. Vão para casa só para dormir. São casos de sucesso que nem sempre funcionam em outros países, mas podem servir de motivação para se pensar o que se pode fazer para melhorar.

O senhor costuma dizer que no Brasil a hora-aula não tem o mesmo aproveitamento que em outros países. O que acontece?

Quando se analisa o ensino em aulas adicionais de matemática e ciências, por exemplo, não se vê uma melhora no rendimento dos estudantes. No Brasil o professor não cumpre o currículo que lhe é proposto. Muitos faltam ao trabalho, outros conseguem cumprir 50%, no máximo 60% do cronograma. É preciso cobrar os professores e recompensá-lo pelas metas alcançadas.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

11 de Agosto - Estudante é não ser "aluno"

Aos Estudantes do JBC:

A pergunta mais instigante que deve incomodar/desacomodar noite e dia a vida dos estudantes é: “por que é preciso aprender?”

É bem verdade que muitos “educadores” não gostam muito de ser questionados neste sentido. Talvez, também estes tenham medo de se incomodar/desacomodar. A sua visão dos processos educativos tendem a conceber o conhecimento como algo já produzido, acabado. Ao professor basta “proferir” a verdade absoluta. Ao aluno (do latim alumnus = aquele que não tem luz), compete simplesmente receber, acolher, encolher e acomodar na sua massa cinzenta (esquecendo do corpo) os conteúdos pré-estabelecidos.

Parafraseando Rubem Alves, nós podemos comparar o processo educativo com o ato de cozinhar. Com freqüência, as comidas preparadas pelos professores, impostas por um cardápio pré-estabelecido e empurradas goela abaixo nos estudantes, têm provocado indigestão, diarréia e vômito. Isto deve-se ao fato de que o estudante não participou do preparo e na escolha dos alimentos, muito menos no momento da opção dos condimentos utilizados. O “rango” já vem “mastigadinho”, sem gosto, não provocando, obviamente, prazer no ato de comer.

Aprender é muito mais

Primeiramente, é necessário perceber que aprender é uma necessidade vital do ser humano. “Por natureza, os seres humanos não têm instintos munidos de todos os elementos para a sobrevivência. É preciso acrescentar requisitos essenciais à natureza que o conforma durante toda a vida” (Esther Grossi). Ou seja, não estamos prontos. Somos provocados pelo mundo. Ele nos desafia, nos coloca em crise. E a crise é motivadora para o protagonismo do ser humano.
É mergulhar no mistério da vida. É ir em direção ao novo que dá medo, encanta, desafia e impulsiona. Ser estudante é uma postura de vida. É ter a sensibilidade necessária para ver além do óbvio e da superficialidade que o cotidiano nos impõe. É ousar ter uma postura reflexiva sobre si mesmo e sobre o mundo. É conceber-se incompleto; como dizia o filósofo Sócrates: “A única coisa que sei é que nada sei”.

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo”, dizia o mestre Paulo Freire. Viver em grupo implica resolver o problema singular que é o de construir a história de maneira original. Ou seja, ser estudante é não se acovardar, omitir e/ou deixar-se manipular pelo sistema vigente. Ser estudante é ser sujeito do seu próprio processo educativo, sentindo-se interpelado pelo desejo de construir o seu conhecimento como forma de humanizar-se. Só que não acaba aí... Ser estudante é desejar que todas as pessoas, sem distinção, também tenham acesso a esta possibilidade.

Portanto, ser estudante é ser bem mais do que ser “alumnus”. É ousar ser sal e luz. “Ninguém acende uma vela para colocá-la debaixo de uma vasilha” (Mt 5,15). Ser estudante é assumir a missão desafiadora de ser vela àqueles que tanto precisam de luz. Mas ninguém dá o que não tem. É preciso cultivar o fogo intenso da busca pela verdade que habita no fundo do nosso ser. Eis aí o cativante desafio de ser estudante. Vá em frente!



UM FELIZ DIA DOS ESTUDANTES!!!!!!!



A Direção.


Fonte:
Adriano Vieira, Alexandro Machado e José Kolling