Rondônia, Terra de Poucos Governadores!
Professor Nazareno*
Todos os estados brasileiros têm entre os seus milhões de cidadãos vários deles que já foram ou são governadores. Do Próprio Estado ou de outras unidades da Federação. Rondônia é quase uma exceção a essa regra. Criado em dezembro de 1981 e não no ano seguinte como há muito tempo se comemorava por aqui, o nosso jovem Estado já teve exatos nove governadores entre interinos e titulares. E quase todos os chefes do Executivo local são de fora: Rio Grande do Sul, Paraíba, São Paulo, Goiás, Paraná e Santa Catarina, são os lugares até agora que “emprestaram” alguns de seus cidadãos para serem nossos governantes.
A incrível seqüência de governadores ruins
No início da Nova República em 1985, Sarney apeou-lhe do cargo. E não por ser apenas um Coronel. Mesmo que fosse General ele teria saído. Eram os novos (e maus) tempos. E parece que o Coronel não deixou boas lembranças por aqui. Até a Avenida que levava seu nome foi transformada em BR na atual administração municipal. Coube a ele, no entanto, indicar para governar o Estado durante exatos 42 dias, a advogada paraibana Janilene Melo. Dizem que foi nesse período que houve a maior “enxurrada de paraíbas desempregados” vindos para ocupar cargos públicos
Ângelo Angelim, outro preposto, só que da oposição, assume também de forma biônica como o terceiro governador do Estado. Com nome de dupla caipira, esse professor paulista só governou por causa de sua ínfima votação para deputado estadual e de sua conhecida incompetência para administrar algo. Professor nunca administrou nada mesmo. Assume um mandato tampão à espera do titular Jerônimo Santana, o Bengala. O mais catinguento de todos, Jerônimo terminou sua desastrada administração sitiado, junto com o seu Secretário da Fazenda, fugindo dos servidores públicos que estavam há três meses com os salários atrasados.
Por causa da morte de Olavo Pires, metralhado em plena via pública, é finalmente eleito após o segundo turno, Oswaldo Piana, o primeiro e único até hoje governador nascido
José Bianco sucede a Raupp e de início demite dez mil servidores públicos estaduais. Foi apedrejado por professores na sede social do Sintero e usava como primeira-dama a esposa do então Vice-governador. Entrega o cargo a Ivo Cassol, o que recebeu flores dos educadores. Acusado de comprar votos a cem reais, Cassol se livra de cassação certa pelo TSE e entrega o poder a seu vice João Cahulla que inicia os trabalhos com o palácio quase ocupado por grevistas num sururu daqueles. Este ano elegeremos o décimo governador de Rondônia. Todo cuidado é pouco, pois “na pisada que vai” o Saci-Pererê, o Jeca Tatu, o Boitatá ou qualquer outra assombração vai querer mandar nos rondonienses. Vamos acertar dessa vez?
*O professor Nazareno leciona
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