terça-feira, 29 de março de 2011

Comentando educação

* Por Aluizio Guedes

Nos últimos anos, com relação ao ensino de qualidade, tem-se preocupado com o mais importante dos agentes de mudanças, o professor. O Profissional em educação, neste país é visto como ponto de referencia e responsável pelo milagre educacional e, portanto (infelizmente, o índice de ignorantes é exagerado), busca se soluções para que cheque a um veredicto quanto à questão: ensino de qualidade, através daqueles que muitas das vezes (considerado pela sociedade) é o responsável pela retenção, pela violência escolar ou por desvio do perfil de cidadão. O que fazer? Se a nossa escola da era moderna ainda veste uma roupagem tradicional e segue a filosofia da punição e não da prevenção, se a matriz educacional a família, cada vez mais se aproxima de sua extinção, se a renda familiar é insuficiente a educação e o projeto pedagógico sistematizados pelo governo brasileiro fortalece muito mais a retenção que a promoção, além de termos um ensino médio sem objetivo e cada vez mais, longe do mercado de trabalho.

A formação de professores encontra-se, hoje, em profundas mudanças tanto do ponto de vista de conceitos e valores como de práticas, A este fato, não é estranho que as competências que se esperam que o professor domine se revelem cada vez mais complexas e diversificadas. Espera-se que o professor seja competente num largo espectro de domínios que vão desde o conhecimento cientifico do que ensina à sua aplicação psicopedagógica, bem como em metodologias de ensino, de animação de grupos, atenção à diversidade etc. Isto sem considerar as grandes expectativas que existem sobre o que o professor deve promover no âmbito educacional mais geral, tal como a educação para a cidadania, educação cívica, sexual, comunitária, entre outras. Assim, podemos até pensar que este problema se resolveria com a adição de mais conteúdos a formação e, eventualmente, com a extensão dos currículos de formação. Mas não parece ser esta, certamente, a solução. Não é a simples aquisição de mais conhecimentos de índole teórica que fará o professor mais capaz de responder aos numerosos desafios que enfrenta. Isto porque dado o caráter multifacetado e autonômico da profissão de professor, esta implica modelos diversificados de formação, modelos que não se podem centrar na simples aquisição de saberes teóricos.

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