Dos 628 médicos formados no exterior que se inscreveram no teste-piloto, apenas 2 foram aprovados. Para organizadores, isso refletiu problemas na formulação da prova.

A secretária substituta de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, avalia que o problema ocorreu na montagem da prova, algo que poderia ter levado o nível de dificuldade a um patamar superior ao esperado. Para evitar que o problema se repita, o sistema foi alterado. Depois de montada, a prova será avaliada por um painel de especialistas e a nota de corte será fixada.

Essa mudança poderá fazer com que a nota de corte varie de acordo com as edições do exame. Ana Estela crê que essa flutuação não provocará questionamentos na Justiça. 'O modelo foi analisado por integrantes do Ministério da Saúde e da Educação e esse risco não foi mencionado', diz.

Ela também acredita que a segurança da prova estará preservada. 'O critério de seleção dos profissionais é rigoroso e a segurança, rígida.' A prova será feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Assim como o projeto-piloto, a prova de validação será feita em duas etapas. Uma prova escrita, provavelmente a ser marcada para junho, e uma prática, para agosto.


Fonte:Por Lígia Formenti / BRASÍLIA, estadao.com.br